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JMartins

Como a Inteligência Emocional influencia sua Vida Financeira

Você já ouviu alguém falar sobre inteligência emocional? E se ouviu talvez tenha pensado: "Ah, isso não tem nada a ver com dinheiro!" Se você pensou ou ainda pensa assim, pode estar deixando passar uma das maiores chaves para o sucesso financeiro e pessoal. Quando a gente pensa em finanças, geralmente pensamos em números, planilhas, investimentos e, claro, economizar dinheiro. Mas a verdade é que nossas emoções têm um impacto gigantesco em como lidamos com o dinheiro. Isso mesmo! E é aí que entra a inteligência emocional.

Nesse post, vamos conversar sobre o que é inteligência emocional, como ela têm influência direta sobre nossas decisões financeiras e como desenvolver essa habilidade pode ajudar você a mudar de forma inteligente hábitos prejudiciais em sua vida.



O que é inteligência emocional?

Para entendermos o que é Inteligência emocional (IE), podemos dizer que é basicamente a habilidade de entender, gerenciar e expressar suas emoções de uma forma saudável e construtiva. E não só as suas emoções! Também inclui a capacidade de perceber e responder de forma adequada às emoções dos outros.

Esse conceito foi bem popularizado pelo psicólogo Daniel Goleman, e ele divide a IE em cinco grandes áreas:


  1. Autoconsciência: Entender suas próprias emoções.


  2. Autocontrole: Saber gerenciar essas emoções.


  3. Motivação: Usar suas emoções a seu favor para alcançar objetivos.


  4. Empatia: Entender e se conectar com as emoções dos outros.


  5. Habilidades sociais: Gerenciar relacionamentos e interações de forma eficaz.


Por que inteligência emocional importa tanto no modo como controla seu dinheiro?

Quando as pessoas falam sobre dinheiro, muitas delas pensam que o maior obstáculo é a falta dele. Mas, muitas vezes, o que realmente nos atrapalha são nossas emoções. Sabe aquele dia em que você está triste e resolve sair de casa e comprar algo para "se sentir melhor"? Ou ainda quando está estressado e acaba gastando mais do que deveria com coisas que nem precisava? Essas são apenas algumas situações que mostram que a falta de inteligência emocional pode estar prejudicando e muito o seu bolso.

De que maneiras e como a inteligência emocional está ligada ao seu comportamento financeiro? Vejamos alguns exemplos:


1. Tomar decisões de forma mais consciente

Imagina que você está pensando em comprar aquela televisão mais nova, lançamento no mercado, mas sabe que seria muito melhor se guardasse esse dinheiro para uma emergência. Sem inteligência emocional, você pode acabar comprando a TV, só porque "não aguentava mais esperar", ou ainda “porque todos os seus amigos compraram uma”. Mas com autoconsciência e autocontrole, você consegue perceber que esse desejo é momentâneo e pode fazer a escolha certa: não comprar a TV no momento!

Ter inteligência emocional te ajuda a fazer boas escolhas e tomar decisões mais racionais, mesmo quando as emoções estão “a mil por hora”. Em vez de simplesmente agir por impulso e deixar para pensa somente depois, você primeiro faz a reflexão: "Eu realmente preciso disso agora? Ou na verdade estou só tentando preencher um vazio emocional?"


2. Controlar o estresse financeiro

Sendo bem sincero, lidar com dinheiro pode mesmo ser estressante. Talvez porque você está lidando com muitas dívidas, ou porque quer juntar para comprar algo importante ou até porque tem medo de acabar perdendo o que já conquistou com muito sacrifício. Mas pensando bem, a verdade é que o estresse realmente faz parte do jogo.

 

Mas aí é que entra a inteligência emocional, ela entra em cena justamente para te ajudar a lidar com esse estresse que de certa forma é inevitável, da maneira mais saudável possível. Ao invés de se desesperar e entrar em uma espiral de ansiedade (e até fazer escolhas ruins), você reconhece o estresse, tenta entender de onde está vindo e trabalha com ele.

Lembra daquela frase: "Não é sobre o que acontece com você, mas é sobre como você reage"? Pois é, o estresse financeiro vai existir. O que você faz com ele é que vai definir seu futuro em relação às suas finanças.


3. Gastar por impulso e autocontrole

Quantas vezes você já foi ao shopping apenas para passear, ou só para "dar uma olhada" e saiu de lá com várias sacolas cheias? Ou, pior ainda, já abriu aquele aplicativo de compras que você mais gosta e nem pesa em desinstalar do seu celular, e abriu ele "só para espiar algumas coisinhas" e acabou estourando o limite do cartão de crédito?

 

Esses exemplos são clássicos da falta de controle emocional. Às vezes podemos estar ansiosos, tristes ou até felizes demais, e podemos acabar gastando mais do que deveríamos, sem nem mesmo pensar nas consequências. Porém, desenvolver inteligência emocional te ajudará a perceber esses padrões e criar diversas estratégias para evitar cair nessas armadilhas.


Pense na seguinte situação, se você sabe que fica tentado a gastar seu dinheiro o estourar seu limite de crédito quando está triste, pode estabelecer uma regra de esperar 24 horas antes de fazer qualquer compra. Ou, melhor ainda, pode tentar encontrar algumas maneiras de lidar com as emoções, como dar uma caminhada a pé o de bicicleta, ligar para um amigo, ler algo interessante ou praticar algum hobby.


4. Planejamento financeiro e motivação

A inteligência emocional também está diretamente relacionada com a forma como você se motiva para conseguir alcançar seus objetivos financeiros. Sabe quando você estabelece uma meta de quanto irá guardar na poupança ou quanto do seu dinheiro será destinado aos seus investimentos? Esse tipo de pensamento pode ser bem construtivo, mas a vida acontece, e você acaba abandonando a ideia no meio do caminho!

 

Ao desenvolver sua IE, você conseguirá se manter mais firme nas suas metas. Isso porque você vai entender de modo bem claro o porquê de querer economizar ou investir de modo frequente seu dinheiro, e esse motivo vai se tornar uma verdadeira fonte de motivação constante. Não vai ser apenas mais uma obrigação chata que você tem que cumprir a cada mês, mas se tornará algo que você realmente quer fazer porque está alinhado com objetivos, seus valores e desejos mais profundos.


Exemplo: Você está se esforçando e economizando para comprar sua casa própria, ou seu apartamento. A cada vez que você sentir vontade de gastar com coisas desnecessárias, a IE vai te ajudar a lembrar da sensação de segurança e conforto que a sua casa ou seu apartamento vai proporcionar para você e sua família no futuro. Essa clareza emocional faz toda a diferença.

 

Como desenvolver a inteligência emocional?

Agora que a gente já sabemos como a inteligência emocional causa um impacto direto em sua vida financeira, você deve estar se perguntando: "Tá, mas como eu melhoro isso?"

Aqui vão algumas dicas práticas:


1. Pratique a autoconsciência

Reserve momentos do seu dia, mesmo que seja muito corrido, para refletir sobre si mesmo, sobre como você está se sentindo. Quando fizer uma compra, pergunte-se: "Eu estou comprando isso porque realmente preciso ou porque estou tentando lidar com algum sentimento?",  “Que sentimento é esse?”, “Como a IE pode me ajudar a aliviar esse sentimento sem comprometer minhas finanças?”.

Essa autorreflexão é o primeiro passo para entender melhor suas emoções e como elas afetam suas finanças.


2. Meditação e Mindfulness

Essas práticas são excelentes para aumentar a consciência do presente e poderão ajudar você a perceber suas emoções antes de agir por impulso. A meditação pode te ajudar a criar uma pausa entre a emoção e a ação, permitindo uma resposta mais consciente. Enquanto Mindfulness, segundo os especialistas, é a prática de se concentrar completamente no presente, deixando de lado as preocupações do passado e do futuro que podem acabar causando ansiedade, e, como consequência, ser um gatilho para escolhas financeiras ruins.

 

3. Busque feedback

Às vezes, nós não percebemos nossos próprios comportamentos e atitudes, decisões ou escolhas ruins. Pedir feedback honesto a pessoas próximas de você irá te ajudar a identificar padrões que você mesmo não está conseguindo ver.

 

Exemplo: Peça para alguém de confiança te avisar quando perceber que você está gastando dinheiro de forma impulsiva. Às vezes, ouvir um feedback de outra pessoa pode ser o empurrão necessário para que você consiga mudar alguns hábitos que estão te prejudicando.


4. Pratique o autocontrole

O autocontrole não é sobre suprimir emoções, mas sim sobre gerenciá-las, ou controlá-las, para que as emoções não nos levem a fazer escolhas ruins das quais iremos nos arrepender depois . Quando sentir vontade de gastar por impulso, ou ceder a uma emoção, por exemplo, respire fundo e reflita sobre a real necessidade daquela compra.

 

5. Desenvolva empatia

A inteligência emocional não foca apenas em você, mas também no modo como você se relaciona com as outras pessoas. Desenvolver a empatia vai te ajudar a entender as necessidades e desejos das pessoas ao seu redor, o que pode acabar sendo extremamente útil em situações financeiras, como ao discutir o orçamento familiar ou ao negociar salários.

 

Inteligência emocional no trabalho e nos investimentos

A IE também é uma habilidade de extrema importância para quem está no ambiente corporativo ou fazendo investimentos. Lembra daquele colega de trabalho que consegue manter a calma memos em situações de crise? Ou aquele investidor que não entra em  desespero mesmo quando o mercado está em baixa? Eles provavelmente têm uma inteligência emocional bem desenvolvida.

No seu local de trabalho, a IE pode te ajudar a lidar com a pressão decorrente de sua atividade, a entender melhor seus colegas e a conseguir tomar decisões mais estratégicas. Nos investimentos, ela é que impedirá você de pensar em vender tudo ou entrar em pânico quando as ações caem rapidamente e te manterá focado nos resultados a longo prazo.


Exemplo: Investidores bem-sucedidos, como Warren Buffett, são conhecidos por sua habilidade de não deixar as emoções influenciarem suas decisões financeiras. Eles mantêm a calma mesmo nas situações mais estressantes, em momentos de alta volatilidade no mercado financeiro e seguem suas estratégias com paciência e disciplina.


Analise bem as seguintes frases de especialistas sobre inteligência emocional


  1. Daniel Goleman, psicólogo e autor: "O que distingue os líderes não é o quociente de inteligência (QI), mas sim o quociente emocional (QE)." — A inteligência emocional é o que realmente faz a diferença no sucesso a longo prazo, seja nas finanças ou na vida pessoal.


  2. Warren Buffett, investidor: "O sucesso nos investimentos não está relacionado ao QI, mas ao controle emocional." — Buffett destaca a importância de gerenciar as emoções no mundo dos negócios e dos investimentos.


Após fazer essa análise sobre a inteligência emocional, podemos afirmar que desenvolver inteligência emocional é, sem dúvida, uma das melhores coisas que você pode fazer por sua vida e por suas finanças. Ao aprender a gerenciar melhor suas emoções, você consegue tomar decisões mais conscientes, evita gastar por impulso e mantém o foco nas suas metas financeiras de longo prazo. Além disso, a inteligência emocional ajuda a  melhorar seus relacionamentos e aumentar sua resiliência em tempos difíceis. Então, que tal começar a praticar a inteligência emocional hoje mesmo? Sua vida pessoal, profissional e seu saldo bancário vão agradecer!

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